Atire a primeira pedra quem nunca fez o mesmo!
Sonhar acordado pra fugir do real. Fantasiar como quem toma um remédio pra aplacar a dor do presente.
Não é o mesmo que congelar-se para evitar a morte de hoje e acordar num amanhã onde a medicina já haveria vencido aquela a quem todos tentamos evitar? Acordar, porém, num mundo não mais seu, morto para o que você conhece, conheceu, viveu.
Quantas vezes não submergi na fantasia como uma aspirina contra a enxaqueca pós-fracasso-da-realidade?
E se pudesse voltar?
E se pudesse fazer de novo?
Fechar os olhos e ser PHD, ganhar na mega-sena, viajar o mundo inteiro, realizar-se, ter super poderes, realizar-se de novo.
Viciar-se em olhar num espelho que reflete o que queremos ser - e não o que realmente somos - faz com que esqueçamos de construir o hoje, o agora. Faz-nos esquecer de enfrentar nossos erros, fracassos, encará-los de frente, transformar lágrimas em regozijo de vitória.
Abra os olhos! O céu não é de baunilha - sussurra uma voz! Aqui se ama e se decepciona com o amor, aqui se fazem planos, que dão com os burros n’água, aqui se têm derrotas que deixam marcas pra sempre.
Mas aqui se vive! E vida, vida de verdade, é o que eu quero. Viver o hoje, construindo o agora, na perspectiva do amanhã.
Não se congele! Viva! Somente viva!
2 comentários:
Perfeito cleo. simplesmente perfeito. Um grande abraco.
Assisti esse filme hoje... e fiquei pensando sobre as mesmas hipóteses apontadas pela película! Uma vez vivo, o que faremos se não viver? Absolutamente coerente.
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