domingo, 25 de outubro de 2009

travessia

lutando contra o demônio da distância
sofrendo o pão que a saudade amassou
arguindo o deus do tempo
reclamando pros arquitetos do desencontro
chorando ao anjo da presença
debatendo-se contra o espírito da dúvida
clamando por não sei mais o que
gritando por socorro
pedindo reforços
aprendendo a voar e andar sobre as águas do atlântico
brigando pra acreditar
afundando na solidão de um mais um domingo à noite
segurando uma mão que nunca chega, que não me deixe submergir
curvando-se à entidade ceticismo mas apelando à deusa do reencontro
40 dias e 40 noites no deserto da desistência
mas confiando sempre no que acredita ser o amor

2 comentários:

Unknown disse...

uma das coisas mais lindas e sinceras que eu já vi tu escrever.... me emocionei muito com isso.
beijos

Gabriela Máxima disse...

"mas confiando sempre no que acredita ser o amor"
não esquece isso!