Eu gosto dele sem ela. Porque ela o sufoca e o transforma em outro.
Mas é um outro chato, metamorfoseado num passarinho preso numa gaiola.
Não vá, leitor, dizer-me que isto é amor.
Amor não afoga o outro num mar de cobranças paranóicas.
Há, nele, a necessidade de construir uma segunda personalidade quando do lado dela, a fim de manter a insegurança que dela emerge controlada, por um momento que seja.
Ao menor sinal da ausência dela, ele volta a ter aquele magnetismo que atrai todos os seus amigos, e os mais chegados, e os irmãos.
E é aí que eu mais gosto dele.
Sem ela.
Livre de amarras.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
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