Por favor. Não me queira do jeito que os outros querem que me queiras, mas como queres, mas como sou. E sou comida indigesta. Por que sou chato, sou confuso, sou incerto, sou “em construção”. Chegaste quando minhas pretensões de compromisso estavam fechadas para balanço. Mas já sou teu, não tem volta. Então me ama como os amantes se amam. Ama-me com tudo que o teu é, com que o meu é. E o meu é sério e moleque, é pensador e falador, é sensível e bruto, é altruísta e egoísta, é bomba de chocolate com pavio curto, é ciúme com liberdade, é creme de leite com leite condensado, é agridoce, é filme que não se entende o final, mas se gosta. Acho que sou o inóspito, o áspero, um vaso sem flor, um chão de ferro, como disse Drummond. Pros teus, devo ter cara de transgressor. Mas me ama assim mesmo. Não queiras mudar minhas cores. É nelas que está o encanto. E sem encanto não há amor. Só solidão e engano.
Cleonardo
Um comentário:
Merm�o, tais danado nas postagens, n�?
Eita, inspira�o!!! hahahaha
O texto da alma t� perfeito, � muito verdade!
Continue, continue...
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