quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Suplício da Suplicy


Quem diria, leitor, que eu estaria torcendo para um DEMo ganhar a eleição? Pois é o que está acontecendo em São Paulo, depois dos golpes baixos desferidos pela candidata do PT, Marta Suplício, a rainha da arrogância. Acostumada a ser colocada como alguém a frente do seu tempo por ter apresentado - como sexóloga que é - um programa sobre o tema, numa época em que este assunto ainda incomodava se exposto de forma pública, desta vez toma uma posição mais do que retrógrada. Marta Suplício, a ministra do relaxa e goza, passou a insinuar na propaganda de sua campanha à prefeitura paulista que Kassab, seu adversário, é homossexual e, por isso, não estaria habilitado a governar a cidade. Se a dama esnobe fosse uma fundamentalista católica, ou uma conservadora evangélica, eu até que entenderia, mas algo assim, vindo de uma candidata que sempre obteve uma votação expressiva do público GLS e que se pretende esclarecida, pegou mal. Muito mal mesmo. Espero que a população entenda que a aptidão de um polítco ao governo vem de sua trajetória pública, de sua capacidade de governar e atrair para si um grupo político disposto a construir um mandato que vise o bem estar público. Não tem nada a ver com a opção sexual. Fica claro que o único objetivo de Marta Suplicy é a vitória como um fim em si mesmo, e, como Maquiavel fez a centenas de anos atrás, separa a dimensão ética da política, comporta-se como raposa e leão, simula e dissimula, enfim, só se importa com uma ética: a dos que vencem a qualquer custo. Bem, resta a mim esta torcida inédita para um candidato do ex-PFL(argh!) ganhar a eleição dando uma boa sova na sua adversária. Que o suplício da Suplicy nos deixe uma boa lição: Enterremos, nós, o preconceito. Prezemos pela ética, sempre.

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