segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Um domingo daqueles

Um domingo daqueles em que se podia muito bem passar o dia inteiro na frente da televisão sem se dar falta de nada. Começou às quatro horas da manhã pra ver Massa chegar atrás de Hamilton e, praticamente, deixar o título nas mãos do inglês. Isto eu só soube depois né, porque na hora da corrida, acordei, vi a largada, e não aguentei mais - o sono falou mais alto. Despertei de novo pra ver o Brasil ser Hexa no futsal. Jogo perfeito. E como Hexa é luxo, adorei ver a seleção levantando a taça, ainda mais por ter sido diante dos espanhóis (que vestiam vermelho e preto - argh!). Intervalo para ler um pouquinho de Karl Marx e às três da tarde tem início o melhor jogo que vi neste ano, o São Paulo de Rogério contra o Palmeiras de Denílson. Que jogão! Deu empate. Vale ressaltar o show à parte dos técnicos: o carrancudo Muricy versus o chorão Luxemburgo. Saio de casa - enfim - pra passear um pouquinho: Buscar a namorada em casa pra dar uma passadinha numa livraria, chafurdar nos livros, sentir o cheiro de livro novo, verificar as novidades, sentar naqueles sofás, ler, pegar mais livros, ler mais um pouquinho - é sempre um bom programa(apesar de, desta vez, não ter sido tão bom assim - mas isto é outra histórisa. Antes de chegar na casa dela, ligo o rádio e, tenso, escuto o Clássico dos Clássicos. E veio um gol - vibração total ao volante, quase perco o controle. Como é bom vibrar com um gol de nosso time. Foi uma vibração solitária, porém, intensa: Dirigindo, ali, sozinho, abri o vidro, cerrei os punhos e gritei com a alma - Como é bom! No final também deu empate, ao meu ver com sabor de derrota, mas não foi de todo mal. Clássico é pra quem tem coração e esse mexeu não só com o meu, mas com o coração de uma cidade inteira. Fim de domingo, sala vazia, barulho de teclado, rememoro as provas que terei durante a semana na faculdade e já penso no próximo domingo. Não precisa nem ser tão recheado assim. Só precisa ser um domingo pra depois ter o que falar, lembrar, esquecer e, quem sabe, escrever. Até lá!

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