domingo, 6 de janeiro de 2008

Visita Ilustre

Hoje, enquanto escrevia um texto sobre oração, o qual pretendo postar em breve, recebi a visita de um passarinho: um pardal, destes que tantos há por aqui ainda, destes pardais que se acostumaram a substituir os galhos das árvores pelos fios dos postes. Ele entrou pela porta de trás de casa, que dá para o meu quarto. Estava com a porta aberta e ele olhou pra mim, assustado, enquanto eu escrevia. Entrou, olhou pra mim, e saiu rapidamente. Quem sabe queria trazer notícias das terras por onde andara. Quem sabe tinha recados do céu. Só deu tempo de olharmos nos olhos um do outro e ele foi embora, voando ligeiro. Deve ter vindo somente para ver se eu estava bem. Se for isto mesmo, então vai lá, passarinho: Pode dizer que está tudo bem e que eu continuo amando Aquele que, num sopro, te enviou aqui pra ver como eu estava. E da próxima vez não se assuste, pode entrar. Não sei fazer café, nem chá (Também nem sei se você gosta mesmo). Ah, tem refrigerante. Entre! Da próxima vez, quem sabe, poderemos conversar e você possa me emprestar suas asas, porque voar, caro amigo (não sei se já posso lhe chamar assim) é um grande sonho. Tudo bem, até imagino o que você vai me dizer: Posso voar, mas não posso viajar numa grande amizade, num grande amor, numa grande canção, em grandes palavras. Pois é, amigo: eu me roendo de inveja de você, e você, arrancando as penas de inveja de mim. É verdade, prefiro ficar com as amizades, os amores, as canções e as palavras.

Boa Viagem e Até mais!!!

3 comentários:

c. disse...

Mas, ora, veja só, que pensamento lindo... Me emocionei imaginando esse momento.
Também prefiro viajar nos amores, nas amizades, nas palavras... ôh neGOÇO BOM, né! hahahah

beijão!

Anônimo disse...

E então cara...essa parte em que vc fala: (Também nem sei se você gosta mesmo)...lembrou-me as andorinhas e Mário Quintana. Mais uma vez estou surpreso...são poucas as pessoas que conseguem ver tanto significado em um pardal desorientado...Sim! Porque ele estava desorientado!!! Mas o texto me ensinou um bocado...nunca seremos completos... nem nós nem os pardais...E isso é bom, de certa forma é o que nos move, nos impulsiona a buscar o que falta... a felicidade sonhada. Com relação à inveja mútua: Vai um remédio cuja bula estava escrita em um pára-choque de caminhão: "Não tenho tudo que amo(asas, por exemplo) mas, amo tudo que tenho(amores, amizade, palavras e sonhos.)

Parabéns mais uma vez!

Cleonardo Mauricio disse...

Wellington e Carla,

Fico honrado com as constantes visitas de vcs a este blog. E elas são tantas e tão importantes que às vezes escrevo imaginando vossas reações. Muito Obrigado!

Continuemos nos emocionando com as coisas simples!!!